Pirâmides ecológicas: Quantificando os Ecossistemas
Pirâmides ecológicas representam, graficamente, o fluxo de energia e matéria entre os níveis tróficos no decorrer da cadeia alimentar. Para tal, cada retângulo representa, de forma proporcional, o parâmetro a ser analisado.
Esta representação gráfica por ser:
Pirâmide de números
Representa a quantidade de indivíduos em cada nível trófico da cadeia alimentar proporcionalmente à quantidade necessária para a dieta de cada um desses.
Representa a quantidade de indivíduos em cada nível trófico da cadeia alimentar proporcionalmente à quantidade necessária para a dieta de cada um desses.
Em alguns casos, quando o produtor é uma planta
de grande porte, o gráfico de números passa a ter uma conformação
diferente da usual, sendo denominado “pirâmide invertida”.
Outro exemplo de pirâmide invertida é dada quando a pirâmide envolve parasitas, sendo assim os últimos níveis tróficos mais numerosos.
Pirâmide de biomassa
Pode-se também pensar em pirâmide de biomassa, em
que é computada a massa corpórea (biomassa) e não o número de cada
nível trófico da cadeia alimentar. O resultado será similar ao
encontrado na pirâmide de números: os produtores terão a maior biomassa
e constituem a base da pirâmide, decrescendo a biomassa nos níveis
superiores.
Tal como no exemplo anterior, em alguns casos
pode ser caracterizada como uma pirâmide invertida, já que há a
possibilidade de haver, por exemplo, a redução da biomassa de algum
nível trófico, alterando tais proporções.
Pirâmide de energia
A energia solar captada pelos produtores vai-se
dissipando ao longo das cadeias alimentares sob a forma de calor, uma
energia que não é utilizável pelos seres vivos. À medida que esta
energia é dissipada pelo ecossistema, ocorre uma permanente compensação
com a utilização de energia solar fixada pelos produtores, passando
depois através de todos os outros elementos vivos do ecossistema.
O nível energético mais elevado, nos ecossistemas
terrestres, é constituído pelas plantas clorofiladas (produtores). O
resto do ecossistema fica inteiramente dependente da energia captada
por eles, depois de transferido e armazenada em compostos orgânicos. O
nível imediato é constituído pelos herbívoros. Um herbívoro obterá,
portanto, menos energia das plantas clorofiladas do que estas recebem
do Sol. O nível seguinte corresponde ao dos carnívoros. Apenas parte da energia contida nos herbívoros transitará para os carnívoros e assim sucessivamente.
Foi adaptado um processo de representação gráfica
desta transferência de energia nos ecossistemas, denominado pirâmide
de energia, em que a área representativa de cada nível trófico é
proporcional à quantidade de energia disponível. Assim, o retângulo que
representa a quantidade de energia que transita dos produtores para os
consumidores de primeira ordem é maior do que aquele que representa a
energia que transita destes para os consumidores de segunda ordem e
assim sucessivamente.
As cadeias alimentares
estão geralmente limitadas a 4 ou 5 níveis tróficos, porque há perdas
de energia muito significativas nas transferências entre os diferentes
níveis. Consequentemente, a quantidade de energia que
chega aos níveis mais elevados já não é suficiente para suportar ainda
outro nível trófico.
Calculou-se que uma superfície de 40000m2 pode produzir, em condições adequadas, arroz em quantidade suficiente para alimentar 24 pessoas durante um ano. Se esse arroz, em vez de servir de alimento ao Homem, fosse utilizado para a criação de gado, a carne produzida alimentaria apenas uma pessoa nesse mesmo período.
Quanto mais curta for uma cadeia alimentar, maior
será, portanto, o aproveitamento da energia. Em países com falta de
alimentos, o Homem deve optar por obtê-los através de cadeias curtas.
Para cálculo da eficiência nas transferências de energia de um nível para o outro, há necessidade de avaliar a quantidade de matéria orgânica ou de energia existente em cada nível trófico, ou seja, é necessário conhecer a produtividade ao longo de todo o ecossistema.
Para cálculo da eficiência nas transferências de energia de um nível para o outro, há necessidade de avaliar a quantidade de matéria orgânica ou de energia existente em cada nível trófico, ou seja, é necessário conhecer a produtividade ao longo de todo o ecossistema.
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