Poluição da Água
Poluição da água
é a introdução de partículas estranhas ao ambiente natural, bem como
induzir condições em um determinado curso ou corpo de água, direta ou
indiretamente, sendo por isso potencialmente nocivos à fauna, flora, bem
como populações humanas vizinhas a tal local ou que utilizem essa água.
Hoje
em dia a poluição da água é questão a ser tratada em um contexto
global. Considera-se que esta é a maior causadora de mortes e doenças
pelo todo o mundo e que seja responsável pela morte de cerca de 14000
pessoas diariamente.
A água é geralmente considerada poluída quando está impregnada de
contaminantes antropogênicos, não podendo, assim, ser utilizada para
nenhum fim de consumo estritamente humano, como
água potável
ou para banho, ou então quando sofre uma radical perda de capacidade de
sustento de comunidades bióticas (capacidade de abrigar peixes, por
exemplo). Fenômenos naturais, como erupções vulcânicas, algas marinhas,
tempestades e
terremotos são causa de uma alteração da qualidade da água disponível e em sua condição no
ecossistema.
Há três formas principais de
contaminação de um corpo ou curso de água, a forma química, a física e a biológica:
- a forma química altera a composição da água e com esta reagem;
- a forma física, ao contrário da química, não reage com a água, porém afeta negativamente a vida daquele ecossistema;
- a forma biológica, consiste na introdução de organismos ou
microorganismos estranhos àquele ecossistema, ou então no aumento danoso
de determinado organismo ou microorganismo já existente.
Além das formas, temos duas categorias de como pode se dar a poluição:
a) poluição localizada, onde a fonte de poluição origina-se de um
ponto específico, como por exemplo, uma vala ou um cano. Exemplos de tal
forma são o despejo de impurezas, por parte de uma estação de
tratamentos residuais, por parte de uma empresa ou então por meio de um
bueiro.
b) poluição não localizada é uma forma de contaminação difusa que não
possui origem numa única fonte. É geralmente o resultado de acumulação
do agente poluidor em uma área ampla. A água da chuva recolhida de áreas
industriais e urbanas, estradas bem como sua consequente utilização é
geralmente categorizada como poluição não localizada.
Como principais contaminantes da água, pode-se citar:
- elementos que contenham CO2 em excesso (como fumaça industrial, por exemplo)
- contaminação térmica
- substâncias tóxicas
- agentes tensoativos
- compostos orgânicos biodegradáveis
- agentes patogênicos
- partículas sólidas
- nutrientes em excessos (eutrofização)
- substâncias radioativas
Como recurso hídrico indispensável, torna-se cada vez mais importante
a conscientização sobre a melhor forma de tratamento da água como
sustentáculo da vida no planeta. Ainda mais se pensarmos que a maioria
das comunidades espalhadas pelo planeta possuem pouca consciência sobre a
melhor forma de tratamento de um de seus recursos mais importantes.
Tratamento da Água
A construção de um sistema completo de abastecimento de água requer muitos estudos e pessoal altamente especializado.
Para iniciar-se os trabalhos, é necessário definir-se:
• a população a ser abastecida;
• a taxa de crescimento da cidade e
• suas necessidades industriais.
Com base nessas informações, o sistema é projetado para servir à
comunidade, durante muitos anos, com a quantidade suficiente de água
tratada.
Um sistema convencional de abastecimento de água é constituído das seguintes unidades:
• captação
• adução
• estação de tratamento
• reservação
• redes de distribuição
• ligações domiciliares.
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA
Captação
A seleção da fonte abastecedora de água é processo importante na construção de um sistema de abastecimento.
Deve-se, por isso, procurar um manancial com vazão capaz de proporcionar
perfeito abastecimento à comunidade, além de ser de grande importância a
localização da fonte, a topografia da região e a presença de possíveis
focos de contaminação.
A captação pode ser superficial ou subterrânea.
A superficial é feita nos rios, lagos ou represas, por gravidade ou bombeamento.
Se por bombeamento, uma casa de máquinas é construída junto à captação.
Essa casa contém conjuntos de motobombas que sugam a água do manancial e a enviam para a estação de tratamento.
A subterrânea é efetuada através de poços artesianos, perfurações com
50 a 100 metros feitas no terreno para captar a água dos lençóis
subterrâneos.
Essa água também é sugada por motobombas instaladas perto do lençol d’água e enviada à superfície por tubulações.
A água dos poços artesianos está, em sua quase totalidade, isenta de
contaminação por bactérias e vírus, além de não apresentar turbidez.
a) Tratamento da água de captação superficial
É composto pelas seguintes fases:
• Oxidação
O primeiro passo é oxidar os metais presentes na água, principalmente o
ferro e o manganês, que normalmente se apresentam dissolvidos na água
bruta. Para isso, injeta-se cloro ou produto similar, pois tornam os
metais insolúveis na água, permitindo, assim, a sua remoção nas outras
etapas de tratamento.
• Coagulação
A remoção das partículas de sujeira se inicia no tanque de mistura
rápida com a dosagem de sulfato de alumínio ou cloreto férrico. Estes
coagulantes, têm o poder de aglomerar a sujeira, formando flocos. Para
otimizar o processo adiciona-se cal, o que mantém o pH da água no nível
adequado.
• Floculação
Na floculação, a água já coagulada movimenta-se de tal forma dentro dos
tanques que os flocos misturam-se, ganhando peso, volume e consistência.
• Decantação
Na decantação, os flocos formados anteriormente separam-se da água, sedimentando-se, no fundo dos tanques.
• Filtração
A água ainda contém impurezas que não foram sedimentadas no processo de decantação.
Por isso, ela precisa passar por filtros constituídos por camadas de
areia ou areia e antracito suportadas por cascalho de diversos tamanhos
que retêm a sujeira ainda restante.
• Desinfecção
A água já está limpa quando chega a esta etapa. Mas ela recebe ainda mais uma substância: o cloro.
Este elimina os germes nocivos à saúde, garantindo também a qualidade da água nas redes de distribuição e nos reservatórios.
• Correção de pH
Para proteger as canalizações das redes e das casas contra corrosão ou
incrustação, a água recebe uma dosagem de cal, que corrige seu pH.
• Fluoretação
Finalmente a água é fluoretada, em atendimento à Portaria do Ministério da Saúde.
Consiste na aplicação de uma dosagem de composto de flúor (ácido fluossilícico).
Reduz a incidência da cárie dentária, especialmente no período de
formação dos dentes, que vai da gestação até a idade de 15 anos.
b) Tratamento da água de captação subterrânea
A água captada através de poços profundos, na maioria das vezes, não
precisa ser tratada, bastando apenas a desinfecção com cloro. Isso
ocorre porque, nesse caso, a água não apresenta qualquer turbidez,
eliminando as outras fases que são necessárias ao tratamento das águas
superficiais.
Reservação
A água é armazenada em reservatórios, com duas finalidades:
• manter a regularidade do abastecimento, mesmo quando é necessário
paralisar a produção para manutenção em qualquer uma das unidades do
sistema;
• atender às demandas extraordinárias, como as que ocorrem nos períodos
de calor intenso ou quando, durante o dia, usa-se muita água ao mesmo
tempo (na hora do almoço, por exemplo).
Quanto à sua posição em relação ao solo, os reservatórios são classificados em subterrâneos (enterrados), apoiados e elevados.
Redes de distribuição
Para chegar às casas, a água passa por vários canos enterrados sob a
pavimentação das ruas da cidade. Essas canalizações são chamadas redes
de distribuição.
Para que uma rede de distribuição possa funcionar perfeitamente, é
necessário haver pressão satisfatória em todos os seus pontos. Onde
existe menor pressão, instalam-se bombas, chamadas boosters, cujo
objetivo é bombear a água para locais mais altos.
Muitas vezes, é preciso construir estações elevatórias de água,
equipadas com bombas de maior capacidade. Nos trechos de redes com
pressão em excesso, são instaladas válvulas redutoras.
Ligações domiciliares
A ligação domiciliar é uma instalação que une a rede de distribuição à
rede interna de cada residência, loja ou indústria, fazendo a água
chegar às torneiras.
Para controlar, medir e registrar a quantidade de água consumida em cada imóvel, instala-se um hidrômetro junto à ligação.
A tarifa mínima da COPASA dá direito a um consumo residencial de 6.000 litros de água por mês.
Ultrapassar esse limite, a conta de água é calculada sobre a quantidade
de litros que foi consumida e registrada pelo hidrômetro.