quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Terrenos sujos facilitam proliferação da dengue e leishmaniose em Bauru

08/02/2013 16h35

Neste ano, um homem morreu vítima da leishmaniose.

Já os casos de dengue passam dos 260.


Nesse período de chuva, o risco de proliferação de doenças também cresce. Além de epidemia de dengue que Bauru vive, com 265 casos, em janeiro foi confirmada a morte de um homem por leishmaniose. No ano passado, a cidade registrou 30 casos, com três mortes.
A doença pode ser evitada se a manutenção de terrenos e quintais fosse mais responsável. Isso porque são em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico, que o mosquito palha, transmissor da leishmaniose, se reproduz. Mato alto, lixo e sujeira podem ser encontrados em vários locais da cidade. Os cachorros são os principais alvos do mosquito. “O cão é um reservatório. Não é ele que transmite a doença”, disse a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Heloísa Lombardi.
Júlio César Ravanelli contou que o pai foi perdendo peso aos poucos e que os diagnósticos indicaram apenas anemia. O quadro piorou e há duas semanas ele faleceu. “Não acreditávamos que é leishmaniose. Estávamos com uma convicção que era uma anemia profunda. E quando a médica chegou à conclusão todos nós assustamos. Em pleno século 21 uma pessoa morrer por leishmaniose, uma picada de um simples mosquito por descuido da própria população”, desabafou o filho.
Os vizinhos ficaram preocupados, já que no quarteirão existe um terreno ideal para a proliferação do mosquito palha. Os sintomas da leishmaniose são febre, tosse seca, perda de peso, aumento do fígado e do baço, fraqueza e diarreia. Quando o mosquito pica o cachorro, por exemplo, o animal fica doente e o quadro é irreversível. A leishmaniose é uma doença endémica, ou seja, é registrada durante todo o ano e pode levar à morte.

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