A clonagem (do grego Klon = broto vegetal) é processo natural ou artificial onde são produzidos organismos geneticamente idênticos. Trata-se de um tipo de reprodução assexuada pois não envolve troca de gametas entre indivíduos.
Histórico
Em 1903 o botânico Herbert J. Webber criou o termo clonagem. Mas ela ficou mundialmente conhecida com a clonagem da ovelha Dolly, que nasceu dia 5 de julho de 1996, feita pelo cientista
escocês Ian Wilmut. Em 2001 um médico italiano, chamado Severino
Antinori teve a intenção de clonar num ser humano, o que causou grande
agito na sociedade cientifica. Outros cientistas até anunciaram que
havia clonado um ser humano, porem esses fatos nunca foram provados.
Clonagem reprodutiva
A clonagem reprodutiva se refere à produção se seres vivos
geneticamente idênticos, ou seja, produção cópias idênticas de seres
vivos, sejam eles animais, vegetais ou humanos. Neste processo,
normalmente o núcleo de uma célula reprodutiva é retirado e esta recebe
uma célula somática, que irá se fundir e se dividir, comportando-se como
um embrião
normal. Este embrião é implantado em uma mãe de aluguel. O organismo
formado é geneticamente idêntico ao organismo doador da célula somática.
Assim que a ovelha Dolly foi clonada. A célula somática utilizada é de
uma glândula mamária.
Clonagem terapêutica
O objetivo desta técnica é produzir células-tronco
para o tratamento de doenças e produção de órgãos para transplante.
Esta técnica é a esperança de muitas pessoas portadoras de doenças como
diabetes, Parkinson e Alzheimer. Esta técnica esbarra em muitos
preconceitos e parâmetros éticos. O processo de produção de uma célula é
muito parecido com a clonagem reprodutiva, porem a célula não é
implantada no útero. As células-tronco embrionárias podem se diferenciar
em todos os tipos de tecidos e são chamadas de multifuncionais, já as
adultas não possuem esta capacidade, cada uma dá origem ao mesmo órgão.
Benefícios da clonagem
Os cientistas têm muitas esperanças com relação à clonagem na cura de
doenças, porem esbarram em parâmetros éticos. Mas acreditam que no
futuro a clonagem possa produzir células de órgãos ou até órgãos
inteiros, salvando a vida de muitas pessoas e diminuindo a fila dos
transplantes. Que também possa utilizar células do próprio organismo no
lugar de implantes mamários, clonando as células de gordura, por
exemplo. A clonagem de seres humanos poderá solucionar os casos de
infertilidade e até evitar que crianças nasçam com defeitos genéticos.
Espécies de animais com risco de extinção podem ser clonados.
Riscos da clonagem humana
Muitos médicos “espertinhos” podem querer lucrar muito com esta
técnica, clonando seres humanos, cobrando muito dinheiro por isso.
Como ocorreu na ovelha Dolly, os clones podem ter envelhecimento precoce, uma vez que são originados de uma célula adulta.
A individualidade do organismo passa a ser invadida, pois ele será ou terá uma cópia andando por aí.
Muitas pessoas clonadas podem ser alvos de preconceito.
Aspectos éticos
Todos nos sabemos que a clonagem pode acabar se tornando um grande
comércio no futuro e acabar fugindo do controle. O custo desta técnica é
e será cada vez mais caro e poucas pessoas terão acesso a ela.
“A ciência precisa seguir em frente no seu objetivo de
antecipar-se ao futuro, com prudência e controle democrático sobre suas
aplicações práticas”. (Revista Scientifc American, Ano 2, nº 14).
Segundo a reportagem “Prós e contras da clonagem humana”,
ela pode sim ser realizada, porem necessita de limites e um equilíbrio,
respeitando os valores morais e éticos. Uma legislação deve ser
construída democraticamente com a participação de todos garantindo uma
tecnologia segura a serviço da humanidade, que respeite os valores
humanos e ao mesmo tempo possa desenvolver novas tecnologias.
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