sexta-feira, 30 de agosto de 2013
ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
O DNA desses alimentos é modificado.
Em algumas técnicas, são implantados fragmentos DNA de bactérias, vírus ou fungos no DNA da planta. Esses fragmentos contêm genes que codificam a produção de herbicidas. As plantas que receberam esses genes produzem as toxinas contra as pragas da lavoura, não necessitando de certos agrotóxicos. Algumas são resistentes a certos agrotóxicos, pois em determinadas lavouras precisa-se exterminar outro tipo de vegetal, como ervas daninhas, e o mesmo agrotóxico acaba prejudicando a produção total.
Alguns produtos são modificados para que contenha um maior valor nutricional, como o arroz dourado da Suíça, que é muito rico em betacaroteno, substância precursora de Vitamina A. O arroz é um alimento muito consumido em todo o mundo, e quando rico em betacaroteno, ajuda a combater as doenças por deficiência de vitamina A.
Alguns vegetais são modificados para resistirem ao ataque de vírus e fungos, como a batata, o mamão, o feijão e banana. Outros são modificados para que a produção seja aumentada e os vegetais sejam de maior tamanho. Existem também alimentos que têm o seu amadurecimento prolongado, resistindo por muito mais tempo após a colheita.
Pontos positivos
- Aumento da produção
- Maior resistência à pragas (vírus, fungos, bactérias e insetos)
- Resistência aos agrotóxicos
- Aumento do conteúdo nutricional
- Maior durabilidade e tempo de estocagem
Pontos negativos
- A seleção natural tende a ser maior nas plantas que não são transgênicas.
- Eliminação de populações naturais de insetos, animais e outras espécies de plantas.
- Aumento de reações alérgicas em determinadas pessoas
Segurança
Muitas plantas são cultivadas e analisadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), porém a comercialização dessas especialidades ainda não está autorizada.Muitos transgênicos ainda não são autorizados para serem comercializados em decorrência da polêmica gerada pelo impacto ambiental e reações alérgicas já observadas em algumas pessoas.
A empresa responsável pela autorização do plantio e comercialização é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Rotulagem
Muitos transgênicos estão chegando à mesa dos consumidores sem as devidas informações. Todos os consumidores têm o direito de saber o conteúdo do produto que está consumindo e as consequências disso, inclusive qual foi a técnica empregada para a melhoria daquele alimento.CLONAGEM
A clonagem (do grego Klon = broto vegetal) é processo natural ou artificial onde são produzidos organismos geneticamente idênticos. Trata-se de um tipo de reprodução assexuada pois não envolve troca de gametas entre indivíduos.
Histórico
Em 1903 o botânico Herbert J. Webber criou o termo clonagem. Mas ela ficou mundialmente conhecida com a clonagem da ovelha Dolly, que nasceu dia 5 de julho de 1996, feita pelo cientista escocês Ian Wilmut. Em 2001 um médico italiano, chamado Severino Antinori teve a intenção de clonar num ser humano, o que causou grande agito na sociedade cientifica. Outros cientistas até anunciaram que havia clonado um ser humano, porem esses fatos nunca foram provados.
Clonagem reprodutiva
A clonagem reprodutiva se refere à produção se seres vivos geneticamente idênticos, ou seja, produção cópias idênticas de seres vivos, sejam eles animais, vegetais ou humanos. Neste processo, normalmente o núcleo de uma célula reprodutiva é retirado e esta recebe uma célula somática, que irá se fundir e se dividir, comportando-se como um embrião normal. Este embrião é implantado em uma mãe de aluguel. O organismo formado é geneticamente idêntico ao organismo doador da célula somática. Assim que a ovelha Dolly foi clonada. A célula somática utilizada é de uma glândula mamária.
Clonagem terapêutica
O objetivo desta técnica é produzir células-tronco para o tratamento de doenças e produção de órgãos para transplante. Esta técnica é a esperança de muitas pessoas portadoras de doenças como diabetes, Parkinson e Alzheimer. Esta técnica esbarra em muitos preconceitos e parâmetros éticos. O processo de produção de uma célula é muito parecido com a clonagem reprodutiva, porem a célula não é implantada no útero. As células-tronco embrionárias podem se diferenciar em todos os tipos de tecidos e são chamadas de multifuncionais, já as adultas não possuem esta capacidade, cada uma dá origem ao mesmo órgão.
Benefícios da clonagem
Os cientistas têm muitas esperanças com relação à clonagem na cura de doenças, porem esbarram em parâmetros éticos. Mas acreditam que no futuro a clonagem possa produzir células de órgãos ou até órgãos inteiros, salvando a vida de muitas pessoas e diminuindo a fila dos transplantes. Que também possa utilizar células do próprio organismo no lugar de implantes mamários, clonando as células de gordura, por exemplo. A clonagem de seres humanos poderá solucionar os casos de infertilidade e até evitar que crianças nasçam com defeitos genéticos. Espécies de animais com risco de extinção podem ser clonados.
Riscos da clonagem humana
Muitos médicos “espertinhos” podem querer lucrar muito com esta técnica, clonando seres humanos, cobrando muito dinheiro por isso.
Como ocorreu na ovelha Dolly, os clones podem ter envelhecimento precoce, uma vez que são originados de uma célula adulta.
A individualidade do organismo passa a ser invadida, pois ele será ou terá uma cópia andando por aí.
Muitas pessoas clonadas podem ser alvos de preconceito.
Aspectos éticos
Todos nos sabemos que a clonagem pode acabar se tornando um grande comércio no futuro e acabar fugindo do controle. O custo desta técnica é e será cada vez mais caro e poucas pessoas terão acesso a ela.
“A ciência precisa seguir em frente no seu objetivo de antecipar-se ao futuro, com prudência e controle democrático sobre suas aplicações práticas”. (Revista Scientifc American, Ano 2, nº 14).
Segundo a reportagem “Prós e contras da clonagem humana”, ela pode sim ser realizada, porem necessita de limites e um equilíbrio, respeitando os valores morais e éticos. Uma legislação deve ser construída democraticamente com a participação de todos garantindo uma tecnologia segura a serviço da humanidade, que respeite os valores humanos e ao mesmo tempo possa desenvolver novas tecnologias.
Histórico
Em 1903 o botânico Herbert J. Webber criou o termo clonagem. Mas ela ficou mundialmente conhecida com a clonagem da ovelha Dolly, que nasceu dia 5 de julho de 1996, feita pelo cientista escocês Ian Wilmut. Em 2001 um médico italiano, chamado Severino Antinori teve a intenção de clonar num ser humano, o que causou grande agito na sociedade cientifica. Outros cientistas até anunciaram que havia clonado um ser humano, porem esses fatos nunca foram provados.
Clonagem reprodutiva
A clonagem reprodutiva se refere à produção se seres vivos geneticamente idênticos, ou seja, produção cópias idênticas de seres vivos, sejam eles animais, vegetais ou humanos. Neste processo, normalmente o núcleo de uma célula reprodutiva é retirado e esta recebe uma célula somática, que irá se fundir e se dividir, comportando-se como um embrião normal. Este embrião é implantado em uma mãe de aluguel. O organismo formado é geneticamente idêntico ao organismo doador da célula somática. Assim que a ovelha Dolly foi clonada. A célula somática utilizada é de uma glândula mamária.
Clonagem terapêutica
O objetivo desta técnica é produzir células-tronco para o tratamento de doenças e produção de órgãos para transplante. Esta técnica é a esperança de muitas pessoas portadoras de doenças como diabetes, Parkinson e Alzheimer. Esta técnica esbarra em muitos preconceitos e parâmetros éticos. O processo de produção de uma célula é muito parecido com a clonagem reprodutiva, porem a célula não é implantada no útero. As células-tronco embrionárias podem se diferenciar em todos os tipos de tecidos e são chamadas de multifuncionais, já as adultas não possuem esta capacidade, cada uma dá origem ao mesmo órgão.
Benefícios da clonagem
Os cientistas têm muitas esperanças com relação à clonagem na cura de doenças, porem esbarram em parâmetros éticos. Mas acreditam que no futuro a clonagem possa produzir células de órgãos ou até órgãos inteiros, salvando a vida de muitas pessoas e diminuindo a fila dos transplantes. Que também possa utilizar células do próprio organismo no lugar de implantes mamários, clonando as células de gordura, por exemplo. A clonagem de seres humanos poderá solucionar os casos de infertilidade e até evitar que crianças nasçam com defeitos genéticos. Espécies de animais com risco de extinção podem ser clonados.
Riscos da clonagem humana
Muitos médicos “espertinhos” podem querer lucrar muito com esta técnica, clonando seres humanos, cobrando muito dinheiro por isso.
Como ocorreu na ovelha Dolly, os clones podem ter envelhecimento precoce, uma vez que são originados de uma célula adulta.
A individualidade do organismo passa a ser invadida, pois ele será ou terá uma cópia andando por aí.
Muitas pessoas clonadas podem ser alvos de preconceito.
Aspectos éticos
Todos nos sabemos que a clonagem pode acabar se tornando um grande comércio no futuro e acabar fugindo do controle. O custo desta técnica é e será cada vez mais caro e poucas pessoas terão acesso a ela.
“A ciência precisa seguir em frente no seu objetivo de antecipar-se ao futuro, com prudência e controle democrático sobre suas aplicações práticas”. (Revista Scientifc American, Ano 2, nº 14).
Segundo a reportagem “Prós e contras da clonagem humana”, ela pode sim ser realizada, porem necessita de limites e um equilíbrio, respeitando os valores morais e éticos. Uma legislação deve ser construída democraticamente com a participação de todos garantindo uma tecnologia segura a serviço da humanidade, que respeite os valores humanos e ao mesmo tempo possa desenvolver novas tecnologias.
Cecê e chulé não são falta de higiene; são bromidrose
Cecê e chulé não são falta
de higiene; são bromidrose
Texto: Ricardo Fenelon, dermatologista
Fotos: Reprodução
de higiene; são bromidrose
Texto: Ricardo Fenelon, dermatologista
Fotos: Reprodução
Não há quem não se incomode com alguns odores do corpo, como os
desagradáveis chulé e cecê. Nessa época de calor, então, aumentam as
chances de ter um conhecido próximo a nós com esses problemas, ou de nós
mesmos virmos a exalar esses odores.
Ambas as situações são constrangedoras, mas nem sempre essas manifestações estão ligada à higiene pessoal, como muita gente imagina. Podem ser sintomas de distúrbios, felizmente curáveis. E a melhor notícia: esses incômodos podem ser evitados.
Os odores causados pelo chamado cecê e pelo chulé têm a mesma origem: a bromidrose, que é o nome científico para alterações no cheiro do suor. A transpiração em si não possui cheiro algum. Mas, em contato com bactérias que se instalam na superfície da pele, o suor transforma-se em ácidos graxos voláteis, que causam o mau cheiro.
É importante procurar um dermatologista de sua confiança para passar produtos, geralmente de uso tópico, para reverter o processo e eliminar os odores.
Para evitar esses problemas, há algumas dicas úteis. No caso específico do chulé, evitar sapatos fechados por uso prolongado, secar bem os pés antes de calçá-los, usar produtos anti-sépticos como talcos e desodorante e, sempre que puder, colocar o sapato ao sol.
Já para o cecê, as dicas são: usar sabonetes anti-sépticos na região das axilas, aplicar sempre após o banho desodorante com substâncias antibacterianas e antifúngicas e lavar bem a roupa para retirar resíduos de suor.
Ambas as situações são constrangedoras, mas nem sempre essas manifestações estão ligada à higiene pessoal, como muita gente imagina. Podem ser sintomas de distúrbios, felizmente curáveis. E a melhor notícia: esses incômodos podem ser evitados.
Os odores causados pelo chamado cecê e pelo chulé têm a mesma origem: a bromidrose, que é o nome científico para alterações no cheiro do suor. A transpiração em si não possui cheiro algum. Mas, em contato com bactérias que se instalam na superfície da pele, o suor transforma-se em ácidos graxos voláteis, que causam o mau cheiro.
É importante procurar um dermatologista de sua confiança para passar produtos, geralmente de uso tópico, para reverter o processo e eliminar os odores.
Para evitar esses problemas, há algumas dicas úteis. No caso específico do chulé, evitar sapatos fechados por uso prolongado, secar bem os pés antes de calçá-los, usar produtos anti-sépticos como talcos e desodorante e, sempre que puder, colocar o sapato ao sol.
Já para o cecê, as dicas são: usar sabonetes anti-sépticos na região das axilas, aplicar sempre após o banho desodorante com substâncias antibacterianas e antifúngicas e lavar bem a roupa para retirar resíduos de suor.
O que são mananciais?
Cãibras
A cãibra pode ser causada por inúmeros
fatores. O principal fator associado à cãibra é o excesso de atividade
muscular, ocasionando o acúmulo excessivo de ácido láctico no músculo.
Além desse, outros fatores contribuem para a incidência das contrações,
como a perda excessiva de água e sais minerais, principalmente o
potássio; e a deficiência de fluxo sanguíneo, ocasionada por mudanças
bruscas de temperatura ou problemas vasculares.
Para amenizar os efeitos da dor é
recomendável aplicar toalhas quentes, massagens suaves e relaxantes
musculares. Para evitar as cãibras é aconselhável comer alimentos ricos
em potássio, como banana ou água-de-coco. Além disso, o alongamento dos
músculos é essencial antes e depois de qualquer atividade física.
Em geral, a cãibra não representa
preocupação para a saúde. A maioria delas ocorre esporadicamente durante
exercícios muito intensos. No entanto, em casos frequentes, é
necessária uma análise médica.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Soros e Vacinas
O que são vacinas? O que são soros? Qual é a diferença entre soro e vacina?
Soros e vacinas são produtos biológicos,
usados tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças. Por atuarem
no sistema imunológico das pessoas, esse tipo de medicamento recebe o
nome de imunobiológico.
A diferença entre soro e vacina é basicamente a seguinte:
O soro já contém os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação; a vacina contém agentes infecciosos que não provocam a doença (a vacina é inócua), mas são capazes de induzir o sistema imunológico do indivíduo a produzir anticorpos e evitar a contração dessa doença.
Dessa maneira podemos dizer: o soro cura; a vacina previne.
Utiliza-se o soro nos tratamentos de intoxicações provocadas pelo veneno de animais peçonhentos (aranhas, cobras, escorpiões, taturanas) ou pelas toxinas de agentes infecciosos,
como os que causam a difteria, o tétano e o botulismo. Os anticorpos
existentes no soro combatem a doença ou intoxicação e acabam curando.
Já as vacinas contém agentes infecciosos inócuos,
que induzem o organismo da pessoa vacinada a produzir os seus próprios
anticorpos antecipadamente, evitando assim, a contração de uma
determinada doença. Isso acontece, devido a um mecanismo orgânico
chamado “memória celular”.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Descoberta nova espécie de carnívoro em florestas da América do Sul
- Ver fotoOlinguitos são mostrados nesta quinta-feira (15)
O olinguito, um pequeno mamífero que parece uma mistura de gato e
ursinho de pelúcia, originário das florestas das regiões andinas do
Equador e da Colômbia, foi apresentado esta quinta-feira por cientistas
como a primeira espécie de carnívoro descoberta no continente americano
em 35 anos.
Este animal de olhos grandes e pelagem felpuda vermelha-alaranjada já
tinha sido visto há anos nas selvas do Equador e da Colômbia, e também
em museus e zoológicos, mas era confundido com seu parente mais próximo,
o olingo, explicaram os autores da descoberta, divulgada na edição
desta quinta-feira da revista americana Zookeys.
Mas os especialistas detectaram que este mamífero, que os habitantes dos
bosques andinos chamam de "neblina", era diferente do olingo porque não
acasalava com ele.
Pesando 900 gramas, a nova espécie, denominada 'Bassaricyon neblina', é o
mais novo membro da família Procyonidae, à qual pertencem, entre
outros, os guaxinins, os juparás e os olingos.
"A descoberta do olinguito nos mostra que o mundo não está completamente
explorado e que seus segredos mais elementares não foram revelados",
afirmou Kristofer Helgen, curador de mamíferos no Museu de História
Natural do Instituto Smithsonian em Washington e chefe da equipe de
pesquisas que encontrou a nova espécie.
"Se ainda é possível encontrar novos carnívoros, quais outras surpresas nos esperam", acrescentou.
"Documentá-las é o primeiro passo para o entendimento de toda a riqueza e diversidade da vida na Terra", afirmou o pesquisador.
-- Espécie embaixadora --
A descoberta do olinguito foi o surpreendente resultado de uma década de
pesquisas para categorizar os olingos, uma família de várias espécies
de carnívoros que vivem nas árvores, agrupadas no gênero Bassaricyon.
Ao examinar mais de 95% dos espécimes de olingos em museus, junto com
exames de DNA e dados históricos, a equipe de Helgen descobriu
evidências do olinguito, uma espécie que até o momento não tinha sido
identificada.
O primeiro indício que chamou a atenção dos pesquisadores foi o tamanho
da cabeça e dos dentes dos olinguitos, menores e de formato diferente
aos de seus primos, olingos.
Estudos comparativos sobre as peles destes animais nos museus concluíram
ainda que a nova espécie era menor e com pelagem mais comprida e densa.
Seu hábitat, uma única região das montanhas andinas, entre os 1.500 e os
2.700 metros sobre o nível do mar, também foi determinante porque
estava a uma altitude muito superior de onde vivem os olingos.
Mas a informação foi obtida de espécimes coletados no começo do século
XX e os cientistas precisavam comprovar se os olinguitos ainda existiam
na natureza.
Para isso, Hengel lançou-se a uma nova expedição de três semanas nos
bosques andinos, ao lado de Roland Kays, diretor do laboratório de
Biodiversidade do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte
(sudeste dos EUA), e o zoólogo equatoriano Miguel Pinto.
Os cientistas passaram dias gravando e documentando a vida, o comportamento e o hábitat dos olinguitos.
A equipe determinou que a nova espécie é predominantemente noturna e
come sobretudo frutas, embora também se alimente de insetos. Poucas
vezes deixa as árvores e teria um único filhote por vez.
Mas também encontraram que estes animais se veem ameaçados pelo
desenvolvimento humano, com 42% de seu hábitat histórico agora
transformado em áreas agrícolas ou urbanas.
"Esperamos que o olinguito sirva como espécie embaixadora dos bosques
nebulosos de Equador e Colômbia, para chamar a atenção do mundo para
estes hábitats críticos", disse Helgen.
"Água em pó" pode tornar a seca um problema do passado
Enquanto
a ONU afirma que a maior parte da água usada no planeta vai para a
irrigação, pesquisadores estão desenvolvendo uma série de ideias para
fazer render mais a água utilizada na agricultura.
Nas
últimas semanas, muitos se empolgaram com um produto que afirmam ter
potencial para superar o desafio global de se cultivar em condições
áridas.
Denominado "Chuva Sólida", ele é um pó capaz de absorver enormes quantidades de água e ir liberando o líquido aos poucos, para que as plantas possam sobreviver em meio a uma seca.
Um litro de água pode ser absorvido por apenas 10 gramas do material, que é um tipo de polímero absorvente orginalmente criado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
Nos anos 1970, o USDA desenvolveu um produto superabsorvente feito de um tipo de goma. Ele foi usado principalmente na fabricação de fraldas.
Potencial
Mas um engenheiro químico mexicano chamado Sérgio Jesus Rico Velasco via no produto um potencial que ia além de deixar bebês sequinhos.
Mas um engenheiro químico mexicano chamado Sérgio Jesus Rico Velasco via no produto um potencial que ia além de deixar bebês sequinhos.
Ele então desenvolveu e patenteou uma versão diferente da fórmula, que pode ser misturada com o solo para reter a água.
O engenheiro vem vendendo a "Chuva Sólida" no México há cerca de 10 anos. Sua empresa afirma que o governo mexicano testou o produto e concluiu que a colheita poderia ser ampliada em 300% quando ele era misturado ao solo.
Segundo Edwin González, vice-presidente da empresa Chuva Sólida, o produto agora vem atraindo um interesse cada vez maior, já que crescem os temores por falta de água.
"Ele funciona encapsulando água e pode durar 8 a 10 anos no solo, dependendo da qualidade da água. Se você usar água pura, ele dura mais."
A empresa recomenda usar cerca de 50 quilos do produto por hectare (10 mil metros quadrados), mas essa quantia custa cerca de US$ 1.500 (o equivalente a R$ 3.500).
Segundo Gonzalez, a "Chuva Sólida" é natural e não prejudica o solo, mesmo após ser usada por vários anos. Ele afirma que o produto não é tóxico e que, ao se desintegrar, o pó se torna parte das plantas.
'Sem evidências'
No entanto, nem todos estão convencidos de que a "Chuva Sólida" é uma solução válida para o problema da seca.
No entanto, nem todos estão convencidos de que a "Chuva Sólida" é uma solução válida para o problema da seca.
A professora Linda Chalker-Scott, da Universidade do Estado de Washington, afirma que esses produtos não são novidade. "E não há evidência científica que sugira que eles armazenem água por um ano.", disse ela à BBC.
"Outro problema prático é que esse gel pode também causar problemas. Isso porque à medida que eles secam, ele vai sugando a água ao redor dele mais vigoorosamente. E assim ele desvia a água que iria para a raiz das plantas."
Segundo ela, usar adubo de lascas de madeira produz o mesmo efeito e é significantemente mais barato.
González, no entanto, tem uma opinião diferente: "Os outros concorrentes não duram três ou quatro anos. Os únicos que duram tanto são os que usam sódio em suas formulas, mas eles não absorvem tanto."
Apesar do fato de que a ciência ainda não estar totalmente confiante nos benefícios de produtos como esse, González afirma que sua empresa recebeu milhares de pedidos vindos de locais áridos, inluindo Índia e Austrália. Ele também recebeu encomendas da Grã-Bretanha, onde secas não chegam a ser um problema.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Angiospermas
Angiospermas
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma,
'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de
espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.
A flor e o fruto do maracujá
As flores podem ser vistosas tanto pelo
colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e
produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve
de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não
têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar.
Coloridas e perfumadas ou não, é das flores que as angiospermas produzem sementes e frutos.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
- pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
- receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.
Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras
propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais
polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
- cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
- corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
folhas férteis modificadas, localizadas mais
ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas
formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
Os frutos
contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza.
Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos,
que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais
costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no
ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo
vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos
territórios.
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Os dois grandes grupos de angiospermas
As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
São exemplos de angiospermas
monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias,
cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e
orquídeas.
São exemplos de angiospermas
dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico,
pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola,
roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo,
girassol e margarida.
Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças
Entre as angiospermas, verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.
Raízes fasciculadas
- Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa planta um
conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto. Não se percebe
nesse conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as
demais: todas elas têm mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento. As
raízes fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
Raízes pivotantes
- Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz
principal, geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no
solo; da raiz principal partem raízes laterais, que também se
ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas.
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Raiz fasciculada e pivotante, respectivamente.
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Em geral, nas angiospermas verificam-se dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea e reticulada.
Folhas paralelinérveas - São comuns nas angiospermas monocotiledôneas. As nervuras se apresentam mais ou menos paralelas entre si.
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Folhas reticuladas - Costumam ocorrer nas angiospermas dicotiledôneas. As nervuras se ramificam, formando uma espécie de rede.
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Existem outras diferenças entre
monocotiledôneas e dicotiledôneas, mas vamos destacar apenas a
responsável pela denominação dos dois grupos.
O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada, associada a nutrição das células embrionárias que poderão gerar uma nova planta.
- Sementes de monocotiledôneas. Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos: 'um', 'único'). As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em desenvolvimento.
- Sementes de dicotiledôneas. Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones - o que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma geralmente não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones, então armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião.
Resumo: Monocotiledôneas vs Dicotiledôneas
MONOCOTILEDÔNEAS
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DICOTILEDÔNEAS
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raiz
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fasciculada (“cabeleira”)
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pivotante ou axial (principal)
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caule
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em geral, sem crescimento em espessura (colmo, rizoma, bulbo)
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em geral, com crescimento em espessura (tronco)
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distribuição de vasos no caule
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feixes líbero-lenhosos “espalhados”(distribuição atactostélica = irregular)
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feixes líbero-lenhosos dispostos em círculo (distribuição eustélica = regular)
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folha
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invaginante: bainha desenvolvida; uninérvia ou paralelinérvia.
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peciolada: bainha reduzida; pecíolo; nervuras reticuladas ou peninérvias.
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Flor
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trímera (3 elementos ou múltiplos)
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dímera, tetrâmera ou pentâmera
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embrião
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um cotilédone
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2 cotilédones
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exemplos
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bambu; cana-de-açúcar; grama; milho; arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras.
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eucalipto; abacate; morango; maçã; pera; feijão; ervilha; mamona; jacarandá; batata.
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Gimnospermas
Gimnospermas
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma:
'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em
ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas
como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.
Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.
|
Araucárias, tipo de conífera. |
Reprodução das gimnospermas
Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia)
como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta
os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem
estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos
de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.
Cones ou estróbilos |
O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.
Quando um estróbilo masculino se
abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se
espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo
feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o
tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta
masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz
o núcleo espermático.
No interior do óvulo, o grande
esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a
oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo
espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto.
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Este, por sua vez, se desenvolve,
originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se
transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião
Nos pinheiros, as sementes são chamadas
pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser
chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador,
as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova
planta.
A semente
pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga
e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos
parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas
nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até
que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta
fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.
A pinha e a semente (pinhão) da Araucária
Pteridófitas
Pteridófitas
Samambaias, avencas,
xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas
do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton,
'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que
lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção
das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a
"cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito
ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil,
os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento
na forma de guisados.
Atualmente, a importância das
pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao
seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com
samambaias e avencas, entre outros exemplos.
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.
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Cavalinha, pteridófita do gênero Equisetum.
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Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado.
Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que
contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.
Samambaia |
Xaxim
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O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo,
com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os
xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se
em muitas partes menores chamadas folíolos.
A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
Reprodução das pteridófitas
Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.
Soros nas folhas de samabaia
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Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando os esporos amadurecem, os soros se
abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e
originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no
esquema abaixo.
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O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.
Ciclo reprodutivo das samambaias
O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas.
No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o
anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera,
fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.
O embrião, por sua vez, se desenvolve e
forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as
samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação.
Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a
fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é
passageiro - morre após a produção de gametas e a ocorrência da
fecundação - e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a
produção de esporos.
Briófitas
Briófitas - Plantas sem vasos condutores
Essa divisão compreende vegetais terrestres com morfologia bastante simples, conhecidos popularmente como "musgos" ou "hepáticas".
São organismos eucariontes,
pluricelulares, onde apenas os elementos reprodutivos são unicelulares,
enquadrando-se no Reino Plantae, como todos os demais grupos de plantas
terrestres.
Ocorrência
As briófitas são características
de ambientes terrestre úmidos, embora algumas apresentem adaptações que
permitem a ocupação dos mais variados tipos de ambientes, resistindo
tanto à imersão, em ambientes totalmente aquáticos, como a desidratação
quando atuam como sucessores primários
na colonização, por exemplo, de rochas nuas ou mesmo ao congelamento em
regiões polares. Apresenta-se, entretanto sempre dependentes da água,
ao menos para o deslocamento do anterozoide flagelado até a oosfera.
Esta Divisão não possui representantes marinhos.
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Morfologia
As briófitas são plantas avasculares de
pequeno porte que possuem muitos e pequenos cloroplastos em suas
células. O tamanho das briófitas está relacionado à ausência de vasos
condutores, chegando no máximo a 10 cm em ambientes extremamente úmidos.
A evaporação remove consideravelmente a quantidade de água para o meio
aéreo. A reposição por absorção é um processo lento. O transporte de
água ao longo do corpo desses vegetais ocorre por difusão de célula a
célula, já que não há vasos condutores e, portanto, é lento.
Reprodução
O ciclo haplodiplobionte nos musgos
Nos musgos e em todas as briófitas, a
metagênese envolve a alternância de duas gerações diferentes na forma e
no tamanho. Os gametófitos, verdes, são de sexos separados e duram mais
que os esporófitos.
Existem órgãos especializados na produção de gametas chamados gametângios e que ficam localizados no ápice dos gametófitos. O gametângio masculino é o anterídio e seus gametas, os anterozoides. O gametângio feminino é o arquegônio que produz apenas um gameta feminino, a oosfera.
Para ocorrer o encontro dos gametas é
preciso, inicialmente, que os anterozoides saiam dos anterídios.
Gotículas de água do ambiente que caem nos anterídios libertam os
gametas masculinos. Deslocando-se na água, os anterozoides entram no
arquegônio e apenas um deles fecunda a oosfera. Forma-se o zigoto que,
dividindo-se inúmeras vezes, origina o embrião. Este, no interior do
arquegônio, cresce e forma o esporófito.
O jovem esporófito, no seu crescimento,
rompe o arquegônio e carrega em sua ponta dilatada um pedaço rompido do
arquegônio, em forma de "boné", conhecido como caliptra.
Já como adulto, o esporófito, apoiado no gametófito feminino, é formado
por uma haste e, na ponta, uma cápsula (que é um esporângio) dilatada,
dotada de uma tampa, coberta pela caliptra.
No esporângio células 2n sofrem meiose e
originam esporos haploides. Para serem liberados, é preciso
inicialmente que a caliptra seque e caia. A seguir, cai a tampa do
esporângio. Em tempo seco e, preferencialmente, com vento os esporos são
liberados e dispersam-se. Caindo em locais úmidos, cada esporo germina e
origina um filamento semelhante a uma alga, o protonema.
Do protonema, brotam alguns musgos, todos idênticos geneticamente e do
mesmo sexo. Outro protonema, formado a partir de outro esporo, originará
gametófitos do outro sexo e, assim, completa-se o ciclo. Note que a
determinação do sexo ocorre, então, já na formação dos esporos.
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